Continuam as buscas pelo submersível Titã desaparecido desde domingo, dia 18.

Foto: © Ocean Gate / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

Um navio de vigilância canadense detectou mais ruídos subaquáticos na área onde as equipes de resgate estão procurando o submersível, conforme divulgado pelas autoridades responsáveis pela operação.

Embora as autoridades estejam buscando em uma área mais definida, a localização exata e a origem dos sons ainda não foram determinadas.

“Esta é uma missão de busca e salvamento, 100%. Continuaremos a empregar todos os recursos disponíveis que temos em um esforço para encontrar o Titã e os membros da tripulação”, ressaltou o capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira, citado pela agência Associated Press (AP).

Frederick destacou que os ruídos foram ouvidos hoje, pelo segundo dia, embora as autoridades não saibam o que são.

O capitão aposentado da Marinha, Carl Hartsfield, atual diretor do Laboratório de Sistemas Oceanográficos de Woods Hole, afirmou em coletiva de imprensa que os sons foram descritos como “batidas”, mas alertou que é necessário “descartar potenciais fontes artificiais além do Titan”.

Mesmo aqueles que expressaram algum otimismo alertaram para a existência de muitos obstáculos: desde identificar a localização da embarcação, até alcançá-la com equipamentos de resgate, até trazê-la à superfície – presumindo que ainda esteja intacta – antes que a reserva de oxigênio dos passageiros se esgote.

A área do Atlântico Norte onde o submersível desapareceu é propensa a condições de neblina e tempestades, o que a torna um ambiente extremamente desafiador para realizar uma missão de busca e resgate, apontou Donald Murphy, oceanógrafo que atuou como cientista-chefe da Patrulha Internacional do Gelo da Guarda Costeira.

Após uma aeronave de vigilância militar canadense detectar ruídos subaquáticos na área de busca, um veículo submarino não tripulado foi enviado para explorar a região, mas até agora “não obteve resultados positivos”, conforme informou a Guarda Costeira em sua conta no Twitter.

A comunicação com o submersível foi perdida 45 minutos após o início da imersão, no domingo à noite (horário local), de acordo com a OceanGate Expeditions, empresa proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic.

Os destroços do Titanic, que afundou após colidir com um iceberg em 1912, estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilômetros ao sul da ilha canadense de Newfoundland.

A comunicação foi perdida quando a embarcação estava a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, conforme o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá.

O submersível tinha uma reserva de oxigênio de 96 horas quando partiu ao mar às 6h00 de domingo (horário local), de acordo com David Concannon, um consultor da OceanGate, tornando a operação uma corrida contra o tempo.

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