SETEMBRO AMARELO: HISTÓRIAS INCRÍVEIS DESDE A ORIGEM DO NOME

Cerca de 700 mil pessoas cometem suicídio em todo mundo.

A Revista Brasil na Mão trouxe o odontólogo e espírito Tatto Savi, um profissional altamente competente, que abordou o tema com grande sensibilidade, evidenciando sua vasta experiência no trato com o público. Com uma mensagem clara, objetiva e cativante, ele conseguiu tocar profundamente o coração das pessoas, chegando à alma de cada um para compartilhar um relato simples, porém profundo, sobre o suicídio.

O evento foi realizado pela Revista Brasil na Mão, com o apoio direto do Consulado Geral do Brasil em Londres, da Casa do Brasil, da TV Londres e de muitos outros colaboradores. A vida é um presente precioso, repleto de infinitas possibilidades e conexões significativas; aproveite cada momento e celebre sua beleza.

Participaram do evento a paramédica Priscilla Currie, Adriana Bell, que deu um depoimento emocionante sobre a filha, Paula Mazzeo, Luciana Oliveira, Marina Duarte, Clarice Bomba e nossa Cônsul Adjunta do Brasil no Reino Unido, Christina Bonomo. O dinamizador de ações sociais e da cultura brasileira no Reino Unido, Gilson Guimarães, também colaborou com a realização do evento. O Cônsul-Geral do Brasil no Reino Unido João Alfredo dos Anjos Júnior fez a fala de abertura do evento.

Setembro Amarelo

Quando a OMS escolheu a cor amarela para representar a luta contra o suicídio, muitos pensaram que fora uma escolha aleatória. Mas, pelo contrário, a decisão foi inspirada em uma história trágica da década de 1990 que serviu para motivar pessoas de todos os lugares do mundo a pedirem ajuda.

A história real que inspirou a cor amarela como símbolo da prevenção do suicídio envolve Mike Emme, um jovem que morava em Westminster, no Colorado, Estados Unidos. O rapaz era conhecido como Mustang Mike, pois havia comprado um modelo antigo do automóvel Ford Mustang, e trabalhou sem parar até recuperá-lo por completo; no fim, o pintou de amarelo, criando assim seu apelido.

Mike era apaixonado por seu carro e amado por seus amigos e família. Todos o viam como um garoto entusiasmado com a vida, engraçado e caridoso. Ninguém poderia imaginar o que ele, verdadeiramente, estava passando.

No dia 8 setembro de 1994, às 23:52 da noite, seus pais chegaram em casa e se depararam com uma cena que mudaria a vida de todos para sempre. Mike Emme estava morto dentro de seu tão amado mustang amarelo, em decorrência de um tiro. Ao seu lado um triste bilhete: “Mãe, pai, não se culpem. Eu amo vocês. Com amor, Mike. 11:45 pm”.

Os pais, Dale e Darlene Emme, ficaram devastados. E se perguntaram: se tivessem chegado sete minutos antes poderiam ter evitado essa tragédia? Esse questionamento motivou o casal a incentivar outros jovens que estivessem passando por problemas semelhantes a procurarem ajuda. Para isso, planejaram um detalhe especial para o dia do enterro do filho, que partira com apenas 17 anos.

O consumo de álcool e substâncias psicoativas durante a infância e adolescência possuem relação direta com casos de suicídio entre jovens, segundo Antônio Geraldo da Silva, psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. “O abuso de álcool e outras drogas funciona atuando no ponto desencadeador do suicídio, que é a doença mental chamada depressão, ou seja, os transtornos afetivos. Esse fator representa de 36% a 37% da população que cometeu suicídio”.

Sinais e sintomas

De modo geral, transtornos mentais são caracterizados por mudanças no padrão de comportamento que trazem prejuízos nas atividades diárias. Quando o indivíduo muda suas condutas e isso passa a prejudicá-lo, seja no trabalho, na vida social, na vida escolar ou em qualquer outro âmbito, essas alterações devem servir de alerta. Entre as crianças e adolescentes, os pais precisam ficar atentos aos seguintes sinais:

  • Mudanças na rotina do sono (insônia ou alteração de horários para dormir e acordar);
  • Isolamento da família e do contato social de forma repentina;
  • Comentários como “eu prefiro morrer do que passar por isso”;
  • Uso de roupas de mangas longas, mesmo quando está calor, comportamento que pode indicar marcas de automutilação nos braços ou antebraços;
  • Diminuição do rendimento escolar.

Eventos e ações como esses são fundamentais para aumentar a conscientização e a compreensão sobre questões de saúde mental e prevenção do suicídio. Muitas vezes, esses tópicos são negligenciados ou ignorados até que afetem alguém próximo a nós, e é crucial que todos estejamos preparados para lidar com eles de maneira sensível e compassiva.

Promover a educação sobre saúde mental, eliminar o estigma associado a essas questões e fornecer recursos para aqueles que precisam de ajuda são passos importantes na construção de uma sociedade mais solidária e compassiva. Além disso, eventos como o mencionado no Consulado Geral do Brasil em Londres demonstram que as comunidades podem se unir e desempenhar um papel ativo na promoção do bem-estar mental.

É importante continuar apoiando e participando de iniciativas que visam a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental em nossas comunidades. Quanto mais conscientização e apoio pudermos oferecer, mais eficazes seremos na prevenção de tragédias e na construção de um ambiente em que as pessoas se sintam à vontade para buscar ajuda quando necessário.

Fonte : www.aventurasnahistoria.uol.com.br / www.gov.br/saude

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