Governo de Jair Bolsonaro é acusado de mergulhar o Brasil em uma catástrofe humanitária

O governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro é acusado de mergulhar seu país em uma catástrofe humanitária, por sua resposta negligente à crise pandêmica da Covid-19.

Isto foi declarado pela organização Médicos Sem Fronteiras, na declaração mais dura já feita contra um país, por Christos Christou, presidente internacional da organização.

Ele disse que “as medidas de saúde pública se tornaram um campo de batalha política no Brasil”.

Esta chamada de alerta dos Médicos Sem Fronteiras vem justamente quando há uma crescente preocupação global com a nova onda da pandemia Covid-19, e a propagação da variante P1 mais contagiosa ligada à Amazônia brasileira.

Por esta razão, países como o Reino Unido e a França pediram a seus cidadãos que não viajassem para o Brasil.

Os números dos Médicos Sem Fronteiras mostram que, na semana passada, o Brasil registrou 11% das novas infecções por Covid-19 no mundo, assim como 26,2% das mortes confirmadas por esta doença.

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O país bate recordes de mortes e infecções a cada semana e as UTIs estão superlotadas em 21 das 27 capitais estaduais, disse uma declaração da organização internacional, denunciando que a resposta inadequada do governo Bolsonaro está custando a vida de milhares de brasileiros que teriam sobrevivido se tivessem recebido os cuidados médicos de que necessitavam.

A preocupação dos Médicos Sem Fronteiras é que “o governo federal brasileiro se recusou a adotar medidas de saúde pública abrangentes e baseadas em evidências, deixando a responsabilidade nas mãos da dedicada equipe médica do país, que faz tudo o que pode para atender as pessoas que lutam entre a vida e a morte em unidades de terapia intensiva superlotadas e que são forçadas a improvisar soluções quando não há mais camas disponíveis”.

É por isso que o sistema de saúde brasileiro entrou em colapso, disse o presidente da organização internacional, que fornece apoio de saúde aos países mais pobres do mundo.

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