G20 Brasil 2024 – C20 com inscrições abertas: entidades da sociedade civil têm até 31 de janeiro
Em novembro de 2023 ocorreu um primeiro encontro, no Rio de Janeiro, junto a outras entidades, para debater a participação do C20 no G20 Brasil. Foto: Divulgação/Plataforma Cipó
Entidades devem responder uma descrição de objetivos e justificativa das razões para nomeação como representante dentre os dez eixos indicados pelo C20, grupo de engajamento da sociedade civil no G20 Social. Grupo de Engajamento oficial desde 2013, o C20 este ano estreia o eixo de debate sobre Filantropia e Desenvolvimento Sustentável.
“Como eu posso participar do G20?” Uma dúvida de muitos, e que pode também ser a sua, já tem resposta. O C20, grupo de engajamento (GE) que representa a sociedade civil no G20 Social, está com inscrições abertas até o dia 31 de janeiro (quarta-feira) para aqueles e aquelas representantes de entidades que desejarem participar dos debates.
As inscrições podem ser feitas através do site do C20, em um formulário disponível em três idiomas (português, inglês e espanhol), respondendo dados básicos (nome, país, gênero) e descrição de objetivos da entidade e justificativa das razões para nomeação como representante, ambas em cerca de 500 caracteres .
“Através do site, todas as organizações da sociedade civil no mundo inteiro, não só dos países que compõem o G20, são convidadas a participar, a se engajar no processo de construção das recomendações que vamos preparar”, colocou Alessandra Nilo, co-fundadora e coordenadora da ONG Gestos e sherpa do C20 no Brasil.
As inscrições podem ser feitas para colaboração em até três eixos do C20. São eles:
1) Economias justas, inclusivas e antirracistas;
2) Sistemas alimentares, fome e pobreza;
3) Meio ambiente, justiça climática e transição energética justa;
4) Comunidades sustentáveis e resilientes e redução do risco de desastre;
5) Saúde integrada para todas e todos;
6) Educação e cultura;
7) Digitalização e tecnologia;
8) Direitos da mulher e igualdade de gênero;
9) Filantropia e desenvolvimento sustentável;
10) Governança democrática, espaço cívico, combate à corrupção e acesso à justiça (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16 da ONU).
Cada eixo será co-facilitado por duas organizações – uma internacional e uma brasileira – com experiência relevante no C20 e/ou expertise na área temática. A igualdade de gênero, o anti-racismo, os direitos humanos e as deficiências serão temas transversais aos debates dos dez eixos, da governança às recomendações. O nono eixo, de Filantropia e Desenvolvimento Sustentável, é uma novidade no grupo de engajamento, estreando este ano.
Ao fim, Alessandra também destacou o apoio da presidência brasileira do fórum ao G20 Social. “Nossa expectativa é que vamos poder ter, enquanto sociedade civil, uma participação muito maior durante o processo de construção e das recomendações do próprio G20. A presidência do Brasil tem se mostrado muito aberta à participação das organizações da sociedade civil e nós acreditamos que até o final do ano nós vamos conseguir realmente estabelecer uma ótima prática em relação ao processo de participação que poderia ser inclusive seguida nos outros países”, indicou a sherpa.
A ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, acompanha o G20 desde 2010 e, assim, integra o C20 desde sua formalização como grupo de engajamento, em 2013. No último ano, 2023, durante a presidência indiana, a Gestos começou integrar a troika do GE, que este ano é constituída, para além do Brasil, por representação do país antecedente (Índia) e a posterior presidência (África do Sul).