Conheça a British Library: 1,7 milhões de título para agradar a gregos, troianos, britânicos e os mais exigentes dos leitores

Por: Sheila Aguiar

Library Information and Archives

A British Library é a biblioteca nacional do Reino Unido, inicialmente fazia parte do Museu Britânico e foi instituída como entidade por um decreto do Parlamento inglês em 1972. E a depositaria do patrimônio bibliográfico e documental da Grã-Bretanha e Irlanda. E responsável por coletar, preservar, atualizar e difundir um acervo de mais de 170 milhões que cresce constantemente através de doações, aquisições e como “deposito legal”, ou seja se você for um editor, precisará fornecer uma cópia de cada publicação que produzir no Reino Unido à Biblioteca Britânica. Cinco outras grandes bibliotecas do Reino Unido tem a mesma função e podem também solicitar que você forneça uma cópia, são elas as Bibliotecas Bodleian, da Universidade de Oxford, a Biblioteca da Universidade de Cambridge, a Biblioteca Nacional da Escócia, a Biblioteca do Trinity College em Dublin, e a Biblioteca do pais de Gales na cidade de Aberystwyth Esse sistema é chamado de depósito legal e faz parte da lei inglesa desde 1662.

As publicações impressas para depósito legal podem ser livros, periódicos, partituras, mapas, plantas, gráficos ou tabelas. Agora, o depósito legal também cobre material publicado digitalmente, como sites, blogs, jornais eletrônicos e CD-ROM.

A British Library também adquire importantes publicações de vários países e nossas coleções abrangem a maioria dos idiomas conhecidos no mundo.

Há mais de 250 anos a British Library coleciona todo o tipo de material inclusive artefatos, pinturas, fotografias, coleções de vinis, cds, filmes, arquivos de indivíduos e organizações, arquivos de áudio e de História Oral e até mobiliário. Como podem ver a British Library não e só um deposito de livros.

Através de minhas pesquisas encontrei preciosas coleções relevantes a história de Portugal e Brasil que desejo compartilhar.

O primeiro item é: A Coleção dos Documentos, Estatutos e Mais Memorias da Academia Real da Historia Portuguesa, datado de 1721. Reparem na ortografia usada na época.

A 8 de dezembro de 1720, o rei de Portugal, D. João V, decidiu criar a academia para registar a história eclesiástica de Portugal e das suas colónias, bem como a história de todas as conquistas portuguesas. Esta data foi escolhida por ser o dia dedicado a ‘N. Sa. Da Conceição, a padroeira de Portugal.

Um passeio pela obra original de D. Pedro I, primeiro imperador do Brasil                    

Cover, title, and fly page of Collecçam dos Documentos, estatutos, y memorias da academia … ano 1721 … ordenada pelo Conde de Villarmayor, British Library 131.g.1

Segue-se “As Memórias de D. Pedro I”, primeiro imperador do Brasil.        

Cover, title page and f.1v of An authentic memoir of the life of Don Pedro [Pedro I, Emperor of Brazil (b. 1798, d. 1834)]’, covering his early years until 1826: an unpublished work by Maria, Lady Callcott formerly Graham, based on her experiences in Brazil in 1824-1825, British Library Add MS 51996

Este ‘Manuscrito de memórias autêntico’ foi escrito por uma extraordinária inglesa Maria Graham, que viajou para a América do Sul em 1821 rumo ao Chile e Brasil na Fragata HMS Doris comandada por seu marido o Tenente Thomas Graham. Maria era autora, escritora escrevia livros sobre viagens e infantis, era também ilustradora, uma mulher de muitos talentos. Em sua estada no Brasil e se tornou intima da família real e foi convidada a assumir o posto de governanta das princesas filhas de Dom Pedro e em particular da filha mais velha Maria da Gloria que seria a futura rainha de Portugal.

A Maria Graham foi confiado um posto de suma importância e grande status, o de conduzir a educação das princesinhas, no entanto sua trajetória durou apenas um mês logo foi vítima de intrigas e fofocas que lhe forcaram a se demitir, pois todos os membros da Casa Real não gostavam dela e nem da imperatriz por serem ambas estrangeiras, Maria Graham era inglesa e a imperatriz austríaca. Maria se tornou amiga intima da Imperatriz que sofria com terríveis humilhações por causa das “travessuras e infidelidades” de seu esposo. As duas continuaram a se comunicar por cartas mesmo após a partida de Maria da Corte.

Maria Graham esteve no Brasil em um momento histórico o pré independia, foi testemunha e participou de acontecimentos marcantes da história do pais.

Ela escreveu um diário de sua viagem que descreve com detalhes seu envolvimento com a família real e personagens chaves com Lord Cochrane, Jose Bonifácio, o governador de Pernambuco Luiz do Rego ela descreve como ninguém os costumes, a vida e a história de nosso pais.

Por: Sheila Aguiar

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