Mais vacinas e um plano global para evitar novas pandemias

A ocorrência de uma outra pandemia ou crise grave de saúde é uma questão “não de se, mas de quando”, alertou o primeiro-ministro.

Na segunda (29/03), Boris Johnson juntou-se a mais de 20 líderes mundiais em um apelo por um novo acordo global para ajudar o mundo a se preparar para futuras pandemias.

Líderes incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel dizem que a Covid os tem colocado diante do maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial.

Após os primeiros dois dias sem mortes por coronavírus em Londres, interrompendo uma rotina estatística de seis meses, Boris reforçou que a pandemia tem mostrado que “ninguém está seguro até que todos estejam seguros”.

Em seu discurso proferido à nação na segunda (29), o primeiro-ministro disse: “Ao mesmo tempo em que avançamos com nosso programa para oferecer uma vacinação a todos os adultos até o final de julho, estamos construindo nossas próprias capacidades de fabricação(de vacinas) a longo prazo no Reino Unido”.

Outra boa notícia em relação ao programa inglês de vacinação é que parte das 17 milhões de doses da vacina Moderna encomendadas à empresa americana pelo governo britânico deve chegar nas próximas semanas.

Diante do receio de uma redução no fornecimento de vacinas, as autoridades dizem que o processo está garantido e que durante o mês de abril as vacinas serão utilizadas para cobrir as segundas doses para aqueles que estiverem no limite de 12 semanas após a primeira injeção.

O ministro de vacinação e imunização, Nadhim Zahawi, explicou que abril será “o mês da segunda dose”, após 30 milhões de pessoas já terem sido vacinadas.

Ele também disse que a vacina Moderna será provavelmente oferecida aqueles com menos de 50 anos de idade. A razão é que, até 15 de abril, estima-se que já foram oferecidas doses àqueles com mais de 50 anos, à população extremamente vulnerável e aos profissionais de saúde e de assistência a idosos.

Enquanto isso, 37 milhões de pessoas ainda estão esperando para serem chamadas para a imunização, uma situação que o governo planeja cobrir até o final de julho.

Embora o professor Adam Finn, do Comitê Conjunto de Imunização, tenha dito que os lotes Moderna ajudarão a reforçar o fornecimento atual e, portanto, a avançar os menores de 50 anos, é significativamente menor do que os outros dois aprovados pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido.

No total, haverá 17 milhões de doses de Moderna, contra 100 milhões de Oxford/AstraZeneca e 40 milhões da Pfizer/BioNtech.

Parte dos problemas de fornecimento deve-se a atrasos no embarque de cerca de 5 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e proveniente da fábrica na Índia.

A vacina contra o coronavírus Moderna utiliza a mesma tecnologia que a da Pfizer e apresenta cerca de 95% de eficácia contra a doença, de acordo com estudos.

Também pode interessar:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *