UK proíbe entrada de viajantes com passagem por América do Sul e Central, Portugal e Cabo Verde

Imagem: Unsplash

Passageiros que estiveram ou transitaram pela Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Cabo Verde, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Panamá, Portugal (incluindo Madeira e Açores), Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela no últimos 10 dias não terão mais acesso ao Reino Unido a partir de 04h desta sexta-feira (15/01), para evitar a propagação da variante do coronavírus identificada no Brasil.

Cidadãos britânicos e irlandeses e estrangeiros com direito de residência ainda poderão entrar, mas devem se isolar por 10 dias, explicou o secretário de transportes Grant Shapps à BBC.

Haverá também uma proibição de voos diretos para a Inglaterra com saídas na Argentina, Brasil, Cabo Verde e Portugal (incluindo Madeira e Açores). Isso exclui carga e frete sem passageiros.

Os voos diretos entre Brasil e Reino Unido já estavam suspensos. Do mesmo modo, vários países da América do Sul e Central já restringiram viagens do Reino Unido, incluindo Chile, El Salvador, Guatemala e Panamá, enquanto outros, como Argentina e Uruguai, fecharam suas fronteiras para estrangeiros não residentes.

A inclusão de Portugal na lista foi explicada “devido às suas fortes ligações com o Brasil” – mas haverá isenção para transportadores para permitir o transporte de mercadorias essenciais.

Nova variante

Patrick Vallance, conselheiro científico chefe, deu uma entrevista ao editor de política da iTV Robert Peston na qual afirma a preocupação de que essa nova variante brasileira “mude a forma em que o sistema imunológico reconheça o vírus”.

“Estamos certos que as vacinas aprovadas até agora agem também contra a variante identificada aqui na Inglaterra, mas não temos certeza em relação às variantes relatas na África do Sul e no Brasil”, disse Vallance ao canal de televisão britânico. “Sabemos que a mutação brasileira tem algumas das características de algumas das outras. Então, o que estamos vendo é que as mutações estão surgindo em todo o mundo.”

O cientista também explicou que não há evidência que as novas variantes do vírus causem doenças mais severas.

Quando perguntado qual o plano se as vacinas não servirem para prevenir as novas cepas do coronavírus, Patrick Vallance explicou que isso não significa que a vacina não agirá.

“Como acontece com outros vírus, mutações acontecem e a moderna tecnologia permite que as vacinas também mudem rápido”, disse. “Estamos otimistas que temos vacinas que podem mudar facilmente.”

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