Voto digital para portugueses emigrados mais perto da realidade

A voz dos portugueses que residem no estrangeiro parece que começa a ser ouvida. Ao menos no que se refere à defesa do voto digital, as ações do Movimento TSP (Também Somos Portugueses), nascido em Londres em 2015, têm causado efeitos.

Em texto divulgado pela equipe de imprensa do TSP, que reúne portugueses residentes em vários países, o grupo celebra o facto de que, após as eleições presidenciais, o reeleito Marcelo Rebelo de Sousa, em seu discurso de vitória, salientou a necessidade de se rever o método de votação dos portugueses emigrados, favorecendo a ideia do voto postal para as eleições presidenciais.

“O TSP, composto por portugueses a residir em diversos países, acolheu com satisfação o pensamento do Presidente da República considerando porém que o voto postal que aconteceu nas eleições legislativas anteriores teve muitos problemas. Na linha do que aconteceu com as eleições legislativas, vários portugueses foram impedidos de votar.”

O grupo salienta que em países como o Reino Unido, onde a mudança de residência é frequente, vários portugueses ficaram impedidos de votar dada a exigência de 60 dias para actualização de morada, prazo que, em muitos casos, se mostra demasiado curto considerando o tempo que os consulados exigem para o atendimento.

A seguir, algumas vitórias do TSP.

– O teste piloto do voto digital para a eleição dos conselheiros em todo o mundo, algo sobre o qual o TSP tem continuamente referido, deve decorrer até ao final de 2021. “A generalidade dos deputados contactados pelo movimento TSP tem mostrado sensibilidade para a questão dos portugueses que têm que se deslocar por grandes distâncias (por vezes milhares de quilômetros) e sobre o peso que estas dificuldades levantam nos números da abstenção.”

– O TSP esteve na origem da Lei que torna o recenseamento automático na emissão do Cartão de Cidadão na emigração, que levou a considerar o resgisto de mais de um 1,5 milhões de portugueses recenseados no estrangeiro.

– O PSD apresentou uma proposta de opção por voto pela via postal para emigrantes nas eleições presidenciais e europeias que o TSP considera como mais um passo acrescentando que só o voto digital poderá ser uma solução satisfatória para os portugueses a residir no estrangeiro.

– O TSP teve oportunidade de reunir com a equipa do Palácio de Belém, com Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades; Antero Luís, Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna; e Paulo Mauritti, vogal do Conselho Diretivo da Agência para a Modernização Administrativa e com grupos parlamentares a quem tem exposto as suas preocupações.

Imagem: Unsplash

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