O jogador Diogo Jota, avançado da seleção portuguesa e do Liverpool, morre aos 28 anos.

Crédito: Andrew Powell/Liverpool FC via Getty

Diogo Jota, avançado de 28 anos da Seleção Portuguesa e do Liverpool, faleceu tragicamente junto do irmão André Silva, de 25, num acidente de automóvel em Zamora, Espanha, na madrugada de 3 de julho de 2025. Os irmãos seguiam para apanhar um ferry rumo à Inglaterra quando o Lamborghini que conduziam teve um furo, embateu na berma e se incendiou instantaneamente. A notícia causou profundo choque em Portugal e no mundo do futebol, surgindo homenagens de clubes, federações, figuras públicas e, especialmente, de Cristiano Ronaldo.

Nas redes sociais, Cristiano Ronaldo manifestou um sentimento de incredulidade e dor: “Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua família, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo… Descansem em Paz, Diogo e André.” A declaração emocionada reflete o laço entre os dois, que se juntaram recentemente para conquistar a Liga das Nações.

O funeral dos irmãos realizou-se a 5 de julho, na igreja matriz de São Cosme, em Gondomar, perto do Porto. Compareceram colegas de seleção e ex-colegas do Liverpool, como Virgil van Dijk, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, entre outros, e também o selecionador nacional Roberto Martínez. Foi obrigatório fechar o acesso ao cemitério devido ao grande número de fãs que tentavam fotografar-se junto aos túmulos, o que levou à intervenção policial.

A ausência de Cristiano Ronaldo, que não esteve presente no funeral, provocou debates acalorados. Segundo os órgãos de comunicação portugueses (como A Bola e Record), a sua ausência foi combinada com a família de Jota, com o objetivo de evitar que a sua presença se tornasse o foco mediático, deslocando o destaque da homenagem aos irmãos. A sua irmã, Katia Aveiro, também respondeu às críticas, lembrando o trauma que Cristiano viveu no funeral do seu pai, em 2005, e que preferiu manifestar o luto em silêncio e privacidade.

A imprensa internacional reportou que Ronaldo estaria de férias na sua iate, na ilha de Maiorca, durante os dias do funeral. Apesar das críticas, Katia Aveiro sublinhou que o gesto do irmão foi um ato de respeito — não apenas para a família de Jota, mas também para o próprio Cristiano em relação à forma como experienciou o luto público no passado.

Ainda assim, Ronaldo manteve contacto com a família, prestou condolências em privado e assegurou apoio continuo . O caso reacende questões sobre o papel das figuras públicas em momentos de dor coletiva: até que ponto a presença física é necessária e quando se torna um espetáculo?

A morte de Diogo Jota e André Silva deixou uma nação em luto. Cristiano Ronaldo expressou publicamente o seu pesar, mas optou por não comparecer ao funeral para evitar ofuscar o momento de despedida. A sua ausência foi debatida, criticada e defendida, mas fica claro que foi uma escolha ponderada, baseada em traumas pessoais e sensibilidade à dor alheia.

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