A pandemia custou ao estado britânico 372 bilhões de libras
O projecto de lei do governo para combater a Covid-19 aumentou em £100 bilhões desde o início do ano e situa-se agora nos £372 bilhões, de acordo com organização independente que supervisiona as despesas públicas.
Os números do National Audit Office (NAO) destacaram o impacto financeiro do encerramento imposto para fazer face ao surto de Inverno e levaram este aviso ao parlamento britânico que preside o comité de contas públicas da Câmara dos Comuns.
Vem no meio de relatos de fraude generalizada e de adjudicação de contratos a pessoas próximas do Partido Conservador.
Meg Hillier, do Partido Trabalhista, disse: “O governo espera gastar £ 372 bilhões em resposta à pandemia, e a responsabilidade pública nunca foi tão importante”.
O localizador de custos encontrou quase metade dos £ 372 bilhões que tinham continuado a apoiar empresas, incluindo despesas com o esquema de retenção de empregos do coronavírus e empréstimos de recuperação.
Rishi Sunak, chanceler do Tesouro, tinha inicialmente planeado acabar com o esquema de férias no Outono passado, mas novas vagas de coronavírus forçaram o Tesouro a prolongar os subsídios salariais, primeiro até abril deste ano e depois até ao final de setembro.
O segundo maior item de despesa tem sido a saúde e os cuidados sociais, onde os testes e programas de rastreio, mais as vacinas custarão ao Estado cerca de £ 97 bilhões.
Estima-se que o apoio aos indivíduos, principalmente através do esquema de Apoio ao Rendimento do Autoemprego, tenha um preço de £ 55 bilhões, enquanto o apoio a outros serviços públicos e respostas de emergência é estimado em £ 65 bilhões.
O resto do dinheiro, £ 3,5 bilhões, é gasto em outros custos operacionais e de apoio.
O NAO disse que, com base nos dados disponíveis, já tinham sido gastos £ 172 bilhões dos £ 372 bilhões orçamentados. O restante inclui £ 92 bilhões de empréstimos garantidos pelo governo, dos quais as últimas estimativas sugerem que £ 26 bilhões acabarão por ser anulados.
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