Jacarés em Bali imitam humanos se afogando para atrair vítimas. Mas vale um crocodilo amigo do que um amigo crocodilo.

Acredite se quiser: moradores de Bali, na Indonésia, estão testemunhando um comportamento curioso e intrigante entre os jacarés locais. Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram esses animais pondo as patas fora da água e realizando movimentos que imitam humanos se afogando. Essa cena, que parece quase surreal, gerou debates sobre a intencionalidade do comportamento e suas implicações.O narrador do vídeo sugere que esses movimentos são parte de uma estratégia predatória, permitindo que os jacarés atraiam presas desavisadas. Essa visão é coerente com o histórico evolutivo desses répteis, que têm se adaptado e desenvolvido técnicas sofisticadas de caça ao longo de milhões de anos. Os jacarés e crocodilos, descendentes diretos de criaturas que coexistiram com os dinossauros, possuem habilidades impressionantes que os tornam predadores eficazes.Especialistas em comportamento animal ressaltam que muitos répteis são capazes de aprender e modificar suas táticas de caça com base nas experiências. O ato de simular um animal em apuros poderia, de fato, ser uma técnica para enganar presas e facilitar a captura. Esse tipo de comportamento não é incomum em várias espécies, que utilizam estratégias de camuflagem e imitação para sobreviver.Além disso, a viralização do vídeo evidencia a relação entre humanos e a vida selvagem, despertando a curiosidade e o respeito por esses animais. O fenômeno também levanta questões sobre o impacto das atividades humanas no habitat dos jacarés e nas suas interações com os humanos. Enquanto os moradores de Bali assistem a essa impressionante exibição de comportamento animal, fica claro que a natureza continua a nos surpreender, revelando comportamentos que desafiam nossa compreensão

Podemos ter mais em comum com crocodilos do que imaginávamos. De acordo com uma pesquisa de um professor de psicologia da Universidade do Tennessee, crocodilos também acham legal surfar, brincar com bolas e pegar carona nas costas dos amigos. As informações são do site da Universidade do Tennessee.

Vladimir Dinets, pesquisador e professor assistente de psicologia, tem estudado crocodilos há décadas. Durante esse tempo, ele observou os animais executarem comportamentos que pareciam brincadeiras. Para consegui mais informações, ele fez uma pesquisa informal em grupos de redes sociais e em conferências relacionadas aos répteis.

Os resultados mostram um lado mais fofo das criaturas intimidantes, que inclui traquinar com lontras de rio e humanos. As descobertas podem lançar luz sobre como a inteligência evoluiu.

A pesquisa mostra que os crocodilianos participam dos três principais tipos de brincadeira identificados pelos especialistas em comportamento: brincadeira locomotora, brincadeira com objetos e brincadeira social. A mais encontrada é a brincadeira com os objetos.

Eles já foram vistos se divertindo com bolas de madeiras, pedaços de cerâmica, jatos de água, presas e destroços flutuando na água. Casos de brincadeira locomotora incluem jacarés jovens descendo declives várias vezes, crocodilos surfando ondas marinhas e caimãs brincando nas correntes de água de suas piscinas. Já brincadeiras sociais incluem jacarés bebês brincando de montar nas costas dos amigos mais velhos, bebês caimãs brincando de cortejar uns aos outros e um caso de um crocodilo macho que continuava a dar caronas nas costas para sua parceira da vida inteira.

Crocodilos também brincam com outros animais. Dinets observou um jacaré jovem brincando com uma lontra. Em alguns casos muito raros, crocodilianos podem formar amizades tão fortes com seres humanos que acabam virando parceiros de brincadeiras por anos. É o caso de um homem que resgatou um crocodilo que havia sido baleado na cabeça. Eles viraram amigos e interagiam todos os dias durante vinte anos, até a morte do réptil.

“O crocodilo nadava como o amigo humano, tentava dar sustos nele fingindo que ia atacá-lo ou então aparecendo de surpresa por trás e aceitava ser acariciado, abraçado, rodado na água e beijado no focinho”, diz Dinets.

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