Esclarecido “quem mandou matar Mariel de Castro”.
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O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, teria implicado Domingos Brazão como um dos mentores do atentado que resultou na morte da vereadora e de seu motorista em março de 2018. A informação foi confirmada por fontes ligadas à investigação e divulgada pelo portal Intercept Brasil na manhã desta terça-feira (23). Preso desde março de 2019, Ronnie Lessa, confesso autor dos disparos que tiraram a vida de Marielle de Castro, fechou um acordo de delação com a polícia, apontando o empresário, ex-vereador e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, de 58 anos, como cúmplice.
O acordo de delação precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, uma vez que Brazão é atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, desfrutando, portanto, de imunidade.
Marielle Franco, afrodescendente, bissexual e destacada ativista pelos direitos das minorias, foi vítima de tiros enquanto passeava pelo centro do Rio de Janeiro, após participar de um encontro político com mulheres. Atualmente, há duas pessoas detidas: Ronnie Lessa, suposto autor dos disparos, que permaneceu na Polícia Militar até este mês, e seu comparsa Elcio Queiroz, motorista do veículo utilizado no crime.
Testemunhas afirmam que Queiroz foi visto na mesma noite do crime procurando a casa que Jair Bolsonaro possui no Rio de Janeiro, embora tenha sido confirmado que, naquele momento, o ex-presidente estava em Brasília. A investigação continua em busca de possíveis mandantes do crime.