Quase 11 milhões de pessoas estão com suas contas atrasadas, enquanto mais de 5 milhões revezam as refeições “apenas para manter as luzes acesas”.

Quase 11 milhões de pessoas estão com suas contas atrasadas no Reino Unido. Esse número se soma aos mais de 5 milhões de britânicos que ficaram sem comida. Os dados fazem parte de uma nova pesquisa que revela que os britânicos estão pulando refeições “apenas para manter as luzes acesas”.

Estima-se que 20% dos adultos do Reino Unido, ou 10,9 milhões de pessoas, estão atrasados em uma ou mais contas domésticas, um aumento de 3 milhões desde março, de acordo com o relatório do Money Advice Trust.

Você pode estar interessado: Um plano para ajudar as empresas a enfrentar os altos custos dos serviços de energia, anuncia o governo. Com isso, busca-se que as empresas vejam suas contas de energia reduzidas em um terço com apoio governamental.

Esse número foi muito maior, de 45%, para famílias que receberam um benefício testado por recursos, disse a instituição de caridade.

Os números, baseados em uma pesquisa da Opinium com 2.000 adultos do Reino Unido em agosto, descobriram que 5,6 milhões ficaram sem comida nos últimos três meses como resultado da crise do custo de vida.

Isso inclui pular refeições, comer uma vez por dia ou não comer em alguns dias.

Quase 8 milhões de pessoas venderam um item pessoal ou doméstico para ajudar a pagar as contas, de acordo com a pesquisa.

A instituição acredita que a garantia do preço da energia pelo governo aliviou os temores de futuros aumentos nas contas, mas aos milhões o dano já havia sido feito.

“Muitas famílias já enfrentam escolhas impossíveis, como qual refeição pular apenas para manter as luzes acesas”, disse a instituição de caridade, que está pedindo ao governo que use o orçamento desta semana para fornecer apoio direcionado àqueles com renda mais baixa.

A instituição de caridade descobriu que muitas famílias tinham pouco ou nenhum espaço de manobra em seus orçamentos para lidar com o aumento dos preços. Afirmou-se ainda que 41% já haviam reduzido todos os gastos não essenciais, número que aumentou sete pontos percentuais em sua pesquisa de março.

Pesquisas mostraram que o aumento dos preços da energia já a tornou inacessível para milhões de pessoas, disse a instituição de caridade. Cerca de 10,7 milhões viram suas contas de energia aumentarem £ 100 ou mais por mês desde abril.

Você pode estar interessado: A inflação de agosto levou o governo britânico a pagar as maiores taxas de juros sobre sua dívida pública em 25 anos. Este é o número mais alto para agosto desde que os registros começaram em 1997, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais nesta manhã.

Um em cada nove disse que já estava inadimplente com energia, enquanto um número semelhante disse que seu fornecedor de energia aumentou seus pagamentos mensais para um nível que não podia pagar. O aumento dos custos de energia significava que mais pessoas estavam pedindo dinheiro emprestado para tentar fazer face às despesas. A instituição de caridade estima que mais de 15 milhões de pessoas tiveram que usar crédito para pagar itens essenciais, um aumento de 2,1 milhões desde março de 2022, enquanto uma em cada 10 teve que pedir dinheiro emprestado a familiares ou amigos.