Terremoto de magnitude 5,8 abala o Japão. Porque o país é propenso a tantos sismos?

Fukushima ficou em alerta devido ao sismo que ocorreu no Japão

Fukushima ficou em alerta devido ao sismo que ocorreu no Japão EPA via Jiji Press

O Japão enfrentou recentemente um terremoto de magnitude 5,8 na escala de Richter, com epicentro na costa da prefeitura de Fukushima. O evento ocorreu às 00h14 (hora local), mas não gerou alerta de tsunami devido à sua profundidade de cerca de 50 quilômetros abaixo da superfície do mar.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da central nuclear de Fukushima Daiichi, foi forçada a suspender temporariamente a descarga de água contaminada no oceano Pacífico. Esta descarga estava sendo realizada como parte do processo de tratamento da água radioativa acumulada na usina danificada.

Apesar do terremoto, não foram detectadas anomalias nas instalações de Fukushima Daiichi, de acordo com a Autoridade de Segurança Nuclear do Japão. Além disso, outras centrais nucleares no país, como a Tokai No. 2 e a de Onagawa, não foram afetadas.

O Japão está localizado no Anel de Fogo do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica, e, portanto, suas infraestruturas são construídas para resistir a terremotos.

Na visita à região de Fukushima, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou que as descargas de água contaminada são seguras. Esta declaração foi feita como parte de uma avaliação da situação atual em Fukushima e do impacto das operações de descarga no ambiente marinho.

Mas porque o país está sujeito a esses fenômenos naturais?

O Japão é propenso a terremotos devido à sua localização geográfica. O país está situado no Anel de Fogo do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica. Essa região é marcada pela interação de placas tectônicas, onde a Placa do Pacífico mergulha sob as placas adjacentes, resultando em um ambiente propício para terremotos.

Além disso, o Japão possui uma série de falhas geológicas significativas, como a Falha de Tóquio e a Falha de Nankai, que aumentam a probabilidade de terremotos. A subducção da Placa do Pacífico sob a Placa Norte-Americana e a Placa Filipina ao largo da costa japonesa também contribui para a atividade sísmica.

A topografia montanhosa do Japão, formada pela atividade tectônica ao longo de milhões de anos, também desempenha um papel na propensão do país a terremotos. Essas montanhas e vales são vulneráveis a movimentos tectônicos e podem amplificar os efeitos dos tremores.

Devido a esses fatores, o Japão está sujeito a terremotos frequentes, o que levou o país a desenvolver avançadas tecnologias de construção e sistemas de alerta para mitigar os danos causados por esses desastres naturais.

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