Um membro do alto comando do Conselho Político Houthi, manda recado para Estados Unidos e Reino Unido
Al Bukhaiti escreveu no X:
“O bombardeio de uma série de províncias do Iêmen pela aliança entre EUA-Reino Unido não mudará a nossa posição, e afirmamos que as nossas operações militares contra Israel continuarão até que os crimes de genocídio em Gaza sejam interrompidos e o cerco aos seus residentes seja suspenso, não importa os sacrifícios que tivermos que pagar.
“Nossa guerra é moral, e se não tivéssemos intervindo para apoiar os oprimidos em Gaza, a humanidade não teria existido entre os humanos. A agressão de americanos e britânicos contra o Iêmen não ficará sem resposta e enfrentaremos escalada com escalada”, disse ele.
Em novembro, os houthis iniciaram ataques contra a navegação no Mar Vermelho, alegando visar navios associados a Israel em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza. Em resposta, as forças dos EUA e do Reino Unido realizaram ataques contra os rebeldes. O porta-voz dos houthis assegurou que tais ataques não ficarão sem resposta e prometeu medidas punitivas.
Enquanto o conflito se intensifica, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocará uma reunião para discutir a ameaça à paz e segurança decorrente dos ataques dos EUA na Síria e no Iraque. O ministro britânico das Relações Exteriores responsabilizou o Irã pela violência, destacando que as ações conduzidas por seus representantes são inaceitáveis.
Os rebeldes houthis prometeram retaliar os recentes ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido no Oriente Médio. No entanto, é importante destacar que as ações desses países foram uma resposta aos ataques frequentes dos rebeldes no Mar Vermelho.
No último domingo, os Estados Unidos anunciaram a destruição de um míssil antinavio pertencente aos rebeldes iemenitas em uma operação solitária. Os ataques conjuntos no Iêmen seguiram uma série de ações unilaterais dos Estados Unidos contra alvos vinculados ao Irã no Iraque e na Síria. Este foi o terceiro episódio em que as forças britânicas e americanas atacaram o grupo, que havia interrompido o comércio global no Mar Vermelho. A escalada de tensões na região permanece como uma preocupação significativa.
Fonte: www.jovempan.com.br