Reino Unido aperta regras para reduzir imigração  

Por: www.observador.pt / Foto: Andy Rain/EPA

Ministro do Interior anunciou aumento do salário mínimo para a obtenção de um visto de trabalho. Já os trabalhadores do setor da saúde vão ser impedidos de levarem familiares dependentes para o país.

O governo britânico anunciou nesta segunda-feira medidas mais rigorosas para imigrantes, elevando o salário mínimo exigido e proibindo profissionais da área de saúde de trazerem suas famílias para o Reino Unido.

Em uma declaração no parlamento, o ministro do Interior, James Cleverly, comunicou o aumento do salário mínimo para obtenção de visto de trabalho, de 26.200 libras (30.600 euros no câmbio atual) para 38.700 libras (45.200 euros) a partir do próximo ano. Trabalhadores do setor de saúde e cuidados serão isentos desse requisito, mas não poderão trazer dependentes para o país.

O ministro informou que cerca de 120.000 pessoas se estabeleceram no Reino Unido no ano passado devido ao estado de reunião familiar. Cleverly também anunciou a eliminação da lista atual de profissões em déficit, que será substituída por uma versão mais restrita. Além disso, o rendimento mínimo para a emissão de vistos familiares será mais do que duplicado, passando de 18.600 libras (21.700 euros) para 38.700 libras (45.200 euros).

Anteriormente, o governo já havia proibido estudantes de pós-graduação de se mudarem com familiares, exceto em casos especiais. “Chega. A política de imigração deve ser justa, legal e sustentável”, afirmou Cleverly.

Essas medidas são uma resposta às estatísticas divulgadas na semana passada, que mostraram que o saldo migratório atingiu um recorde de 745.000 em 2022, com 672.000 pessoas imigrando para o Reino Unido nos 12 meses até junho de 2023. Esse valor é o dobro da média de 300 mil por ano da década anterior e do período pré-Brexit, que tinha como um dos objetivos reduzir a imigração.

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