Filhos de português descobrem morte da mãe após 50 dias de cativeiro

“Eles viram os seus entes queridos pela primeira vez em 50 dias e a primeira notícia que receberam foi que a sua mãe está morta”, contou o tio dos adolescentes.

© Hostages and Missing Families Forum/Handout via REUTERS

Dois irmãos, filhos de um português, descobriram que a mãe tinha sido assassinada e que o pai continua desaparecido após serem libertados pelo Hamas, no sábado. Noam, de 16 anos, e Alma, de 13, foram recebidos pelos avós, ao final de 50 dias em cativeiro, e examinados no hospital. 

“Infelizmente, eles não sabiam que minha irmã, a mãe deles, foi assassinada”, disse Ahal Besorai, tio dos adolescente, que afirmou que foi difícil dar a notícia aos jovens. Segundo o The Guardian, Noam e Alma foram mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista num quarto em Gaza, juntamente com uma mulher, de 39 anos.

“Eles viram os seus entes queridos pela primeira vez em 50 dias e a primeira notícia que receberam foi que a sua mãe está morta. Acho que foi muito traumático”, afirmou Besorai. O tio dos jovens teve uma longa conversa com os sobrinhos, depois destes se reunirem com o irmão mais velho, de 18 anos.

Noam e Alma estavam abrigados num quarto com os pais quando o Hamas invadiu e incendiou a casa. Os adolescentes saltaram por uma janela e tentaram esconder-se, mas foram encontrados e levados para Gaza. Noam foi colocado no porta-bagagens de um carro roubado e Alma foi transportada na parte da frente da viatura, juntamente com oito terroristas. 

A mãe dos jovens, Yonat, de 50 anos, foi baleada e o marido, Dror Or, terá sido sequestrado. Dror Or é judeu descendente de sefarditas e obteve nacionalidade portuguesa.