O astronauta Frank Rubio após 371 dias no espaço: se eu soubesse que duraria tanto tempo, não teria aceitado a missão.

Foto: Ele

Três astronautas americanos, Frank Rubio, Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, participaram dessa missão que inicialmente estava programada para durar apenas seis meses, mas foi estendida devido a um problema na espaçonave.

Frank Rubio, após retornar à Terra após passar 371 dias no espaço, expressou sua surpresa e preocupação com a duração inesperadamente longa da missão. Ele afirmou que, se soubesse que a missão duraria tanto tempo, talvez tivesse recusado participar dela. Isso destaca os desafios físicos e psicológicos enfrentados pelos astronautas durante missões espaciais prolongadas.

Um dos desafios mais significativos de ficar no espaço por um período tão longo é o impacto no corpo e na mente dos astronautas. No ambiente de microgravidade, os astronautas não precisam suportar o próprio peso, o que afeta a saúde dos ossos e músculos. Além disso, o isolamento, a distância da família e amigos, e a monotonia podem ter um impacto significativo na saúde mental dos astronautas.

Frank Rubio também mencionou que levaria de dois a seis meses para que ele se sentisse normal novamente após retornar à Terra. Esse período de adaptação é conhecido como “síndrome de descondicionamento pós-voo” e é um desafio enfrentado por muitos astronautas que retornam de missões longas no espaço.

Essas experiências dos astronautas destacam a importância da preparação física e psicológica rigorosa antes de missões espaciais prolongadas, bem como o apoio contínuo durante o retorno à Terra para garantir a saúde e o bem-estar dos astronautas.

Frank Rubio se tornou o décimo segundo hispânico a chegar à Estação Espacial Internacional (EEI) a bordo de uma nave Soyuz russa em 21 de setembro. Ele foi selecionado pela NASA para fazer parte da equipe após se destacar entre 18 mil candidatos em 2017. O astronauta de origem salvadorenha já passou seis meses no espaço, realizando várias tarefas de controle na EEI. No entanto, devido a problemas técnicos na nave em que está hospedado, ele poderia permanecer orbitando a Terra por mais três a seis meses.

Rubio expressou seu desejo de voltar à Terra mais cedo para se reunir com sua família, mas mencionou que poderia ficar na EEI por mais tempo devido aos problemas técnicos na cápsula Soyuz. Ele indicou que a situação parece estar em processo de solução, mas não deu mais detalhes.

Para essa missão, Rubio se preparou durante cinco anos para voar ao espaço e mais dois anos estudando os detalhes de seu propósito na EEI. Ele também aprendeu russo para se comunicar efetivamente com seus colegas. Durante sua estadia na EEI, ele se concentrou em estudos sobre cultivos hidropônicos e aeropônicos para determinar a viabilidade de aumentar a produção de alimentos em expedições a Marte e à Lua.

Rubio mencionou que esses experimentos ajudam a entender como as plantas crescem em um ambiente espacial e como os processos de autoabastecimento podem ser aplicados em viagens interplanetárias. Além disso, estão sendo conduzidas análises sobre os efeitos da microgravidade no corpo humano, especialmente após permanecer no espaço por mais de um ano, e as rotinas de exercício são obrigatórias para evitar a perda de massa óssea.

O trabalho de Rubio na NASA abre portas para cientistas latinos interessados na exploração espacial, e ele expressou que muitos hispânicos terão oportunidades no futuro. Rubio pode se tornar o primeiro astronauta americano e hispânico a permanecer um ano no espaço, dobrando o período que já passou na EEI.

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