A Rainha do Congo participou de um evento em Londres e concedeu entrevista ao Notícias em Português. Fique atento à próxima edição do NP.
Diambi Kabatusuila, nascida na Bélgica, é filha de uma mãe belga e de um pai congolês diplomata. Ela cresceu em Kinshasa, na República Democrática do Congo. A rainha possui uma vasta experiência multicultural não apenas devido à sua própria formação, mas também devido às suas viagens e residência em diversos países diferentes. Ela fala seis idiomas, tem dois filhos e um neto.
A Rainha Diambi é doutora em Direito e Filosofia, mestre em Psicologia Aplicada e em Aconselhamento em Saúde Mental. Trabalhou como terapeuta de saúde mental para bebês e crianças e é especialista em dependência de substâncias. Além disso, é professora de Matemática e Francês. Como bacharel em Finanças e Economia, trabalhou durante vários anos como consultora econômica no Observatório Social Europeu em Bruxelas, prestando serviços para a Comissão Europeia e outras agências governamentais da União Europeia.
Diambi Kabatusuila foi coroada como a governante do povo Bena Tshiyamba de Bakwa Indu, da região central de Kasaï, parte do antigo Império Luba na República Democrática do Congo, em 31 de agosto de 2016. Atualmente, detém o título de Diambi Mukalenga Mukaji Wa Nkashama (Rainha da Ordem do Leopardo). Foi investida e apresentada em Kinshasa pela Associação de Autoridades Tradicionais e Consuetudinárias do Congo em 5 de agosto de 2017.
A rainha ocupa o cargo de diretora executiva do Umoja Institute, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, é vice-presidente do FOKABE, uma organização sem fins lucrativos em Kinshasa, na República Democrática do Congo, e presidente do conselho de Administração da African Views, em Nova York, nos Estados Unidos. Desde muito jovem, Diambi sempre demonstrou grande interesse em todas as questões relacionadas à restauração da identidade africana, por meio do estudo da história africana e do patrimônio cultural tradicional do continente. Um de seus principais projetos, além da empresa de desenvolvimento rural na Kasaï Central, é buscar parcerias para mudar a narrativa sobre o povo africano.
Ela observa: “As expressões das culturas africanas foram brutalmente reprimidas e demonizadas ao longo de vários séculos, com o único propósito de explorar os africanos e suas terras, resultando em muitos africanos perdendo a noção de si mesmos e do que significa ser africano nos dias de hoje. Africanos em todo o mundo se acostumaram a acreditar que não são dignos e que a única maneira de melhorar suas vidas é adotar e imitar todos os padrões ocidentais em todas as áreas”.