Sunak tem um grave problema à sua frente! Imigração no Reino Unido em níveis recordes, apesar do Brexit

Apesar das promessas dos partidários de deixar a União Europeia, o número de chegadas líquidas dobrou desde 2016. A descoberta está posicionando o governo conservador de Rishi Sunak em uma posição difícil.

Foi uma das principais promessas de campanha do Brexit: a saída do Reino Unido da União Europeia permitiria ao país “recuperar o controle” sobre a imigração, conforme afirmaram os apoiadores da campanha “Leave” durante o referendo de 2016. No entanto, sete anos depois, a migração líquida – a diferença entre imigração e emigração ao longo de um ano – quase dobrou. Embora tenha sido de 335.000 em 2016, em 2022 atingiu o nível histórico de 606.000, com um aumento líquido de 118.000 chegadas em relação a 2021. Esses números foram divulgados em 25 de maio pelo Office for National Statistics (ONS) do Reino Unido. Isso representa um desafio sério para o governo conservador de Sunak, que tem enfrentado dificuldades para conciliar sua retórica anti-imigração com a complexa realidade econômica e social.

A entrada de refugiados ucranianos que fogem da agressão russa (aproximadamente 114.000) e de residentes de Hong Kong que rejeitam a tomada autoritária da China (aproximadamente 52.000) impulsionou esses números, assim como o aumento no número de vistos de estudantes e de trabalho emitidos. O ONS sugere que essa tendência ascendente pode ser observada claramente, uma vez que o número de chegadas humanitárias diminuiu nos últimos meses. Os números de migração líquida são “muito altos”, admitiu Sunak em entrevista à ITV na quinta-feira, acrescentando que ele deseja “reduzi-los”, sem especificar a quantidade exata.

Sunak pode adotar várias medidas para controlar a imigração, dependendo de políticas e objetivos específicos, mas espera-se que algumas medidas comuns que incluem:

Implementar reformas nas leis de imigração, introduzindo requisitos mais rigorosos para a entrada e permanência de imigrantes, estabelecendo critérios mais seletivos para vistos e permissões de trabalho, e alterando as políticas de concessão de cidadania.

Controle de fronteiras: Os governos podem fortalecer o controle de suas fronteiras por meio de medidas como aumento da segurança nas fronteiras, controle mais rigoroso de passaportes e vistos, e uso de tecnologia avançada para monitorar a entrada e saída de pessoas.

Políticas de imigração baseadas em pontos: Alguns países adotam sistemas baseados em pontos, nos quais os imigrantes são avaliados com base em critérios como habilidades, educação, experiência profissional e profissões em demanda. Aqueles que atingem uma pontuação mínima estabelecida podem ser elegíveis para imigrar.

Limites de imigração e cotas: Os governos podem estabelecer limites ou cotas para o número de imigrantes admitidos em determinados períodos. Isso pode ser feito com base em fatores como necessidades econômicas, demanda por mão de obra ou considerações sociais.

Acordos bilaterais e regionais: Os governos podem negociar acordos bilaterais ou regionais com outros países para regular a imigração de maneira específica, como programas de intercâmbio de estudantes ou acordos de migração de trabalho temporário.

É importante notar que as políticas de imigração podem variar amplamente entre os países e são influenciadas por uma série de fatores, incluindo considerações econômicas, sociais e políticas. Para obter informações atualizadas sobre as políticas específicas do governo do Reino Unido em relação à imigração, recomendo consultar fontes oficiais, como o site do governo ou declarações de autoridades relevantes.

À medida que as chegadas crescem no Reino Unido, também cresce o sentimento público contra a imigração. No entanto, na maior parte, a reformulação substancial da política de migração do governo nas últimas décadas teve pouco impacto na escala da migração ou na ansiedade do público. A contínua oposição pública à migração foi um fator crítico da votação do Brexit de 2016 que levou à saída do país da União Europeia.

Uma consequência importante dessa votação foi implementada no início de 2021, quando os líderes do Reino Unido e da Europa introduziram as principais partes de um novo sistema de migração, interrompendo a livre circulação de e para o Reino Unido e impondo um novo regime de vistos. Muita movimentação desde 2020 foi impedida pela pandemia, porém, por isso tem sido difícil avaliar as mudanças trazidas por esse novo regime.

Após o Brexit e à medida que as restrições de mobilidade do coronavírus diminuíram, o Reino Unido se encontra em um ponto de inflexão. Sua transição de décadas de priorizar migrantes do antigo império colonial para trabalhadores e estudantes europeus foi interrompida. No entanto, é provável que a dinâmica econômica fundamental se reafirme assim que a crise da saúde pública diminuir, e o Reino Unido provavelmente continuará sendo um país de imigração líquida daqui para frente. O novo regime de imigração provavelmente levará a mudanças nos fluxos de pessoas e no processamento de mercadorias para o Reino Unido, especialmente de outras partes da Europa. Ao mesmo tempo, houve uma diminuição na relevância da imigração no debate público desde seu ponto alto em 2016 e um aumento constante nas atitudes positivas em relação à imigração.

Este artigo examina as políticas e tendências que moldaram a migração de e para o Reino Unido desde a Segunda Guerra Mundial, com foco particular nos eventos desde a virada do milênio.

Padrões recentes de imigração

O número de novos imigrantes e o tamanho da população nascida no exterior no Reino Unido cresceu nos últimos anos. De março de 2019 a março de 2020 (no momento da redação deste artigo, o período mais recente para o qual havia dados), o Reino Unido recebeu 708.000 migrantes. Contabilizando cidadãos não britânicos que deixaram o país, a imigração aumentou a população do país em 347.000 durante este período.

A grande maioria dos residentes estrangeiros no Reino Unido vive na Inglaterra – 90% em 2020 – com 6% na Escócia, 2% no País de Gales e 1% na Irlanda do Norte. Em 2020, quase metade estava nas regiões de Londres (35%, ou 3,2 milhões de pessoas) ou Sudeste (13%, ou 1,2 milhão).

Vamos esperar o que o Sunak fará para controlar esta delicada situação.

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