Brasileiras presas na Alemanha: quem responde pelas malas trocadas?

Kátyna Baia e Jeanne Paolini foram presas no aeroporto de Frankfurt, sob a alegação de que estavam transportando cocaína nas malas. O drama delas chega ao fim.


Por: Luciana Atheniense / https://www.em.com.br

Esta semana, finalmente essas duas brasileiras foram soltas pela polícia alemã, em face da prova de que elas não eram proprietárias das malas apreendidas com a droga, apesar de estarem identificadas com seus nomes. A polícia brasileira apurou que o lacre de identificação de suas malas, devidamente registrado pela empresa aérea no ato do “check-in” no terminal internacional  em Guarulhos, havia sido trocado e transferido para outras malas lotadas de cocaína que foram despachadas, pela própria empresa aérea, no terminal doméstico.

Segundo investigação policial, a quadrilha atuava no aeroporto de Guarulhos da seguinte forma: alguns trocavam as etiquetas e tiravam fotos das malas. Outro grupo fazia o transporte da bagagem do terminal doméstico para o internacional.

Depois disso, as malas eram embarcadas para a Europa. No aeroporto internacional de destino, os criminosos pegavam as malas sem que as vítimas soubessem que a carga com a drogas tinha sido recebida com sua identificação.

Esse incidente trouxe medo e indignação a todos nós, não podemos restringir que tal fato desesperador deve estar vinculado apenas à “falta de sorte” dessas passageiras, mas sobretudo à responsabilidade tanto das empresas aéreas como dos aeroportos em fornecer o serviço seguro aos seus passageiros.

Diante desse episódio, a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, apenas esclareceu na imprensa que “o manuseio das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas”.

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