Rishi Sunak é o segundo primeiroministro de uma minoria étnica
Vale lembrar, por exemplo, que Rishi Sunak é o segundo primeiroministro de uma minoria étnica, sendo o primeiro o luso-hispânico Benjamin Disraeli em 1874-80 e 1888. Disraeli era de uma família “ladino” (descendentes dos judeus expulsos da Península Ibérica em 1942, quando Colombo chegou à América), os mesmos que continuam a falar um dialeto do espanhol. PORTUGUES. OS DISRAELI PROVENHEN DE PORTUGAL.
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A Sinagoga Espanhola e Portuguesa de Bevis Mark, que é mais antiga que o Reino Unido, é a mais antiga sinagoga em operação contínua no Ocidente e foi visitada pelo atual rei Charles na altura do 300º aniversário do templo. Ladinos ou sefarditas tornaramse a primeira minoria não-cristã na Inglaterra entre os séculos 17 e 19.
Eles continuam a se comunicar uns com os outros em uma forma de espanhol E PORTUGUES. Eles foram inicialmente discriminados, perseguidos e condenados a viver nos bairros mais pobres. A sinagoga acima mencionada que fica hoje perto da estação de Liverpool Street foi construída no que antes era um depósito de lixo. Em 12 de dezembro de 2019, Boris Johnson levou os conservadores a uma vitória sem precedentes desde a época de Margaret Thatcher, há 4 décadas.
Com ele, seu partido beirava os 14 milhões de votos e 44%, com os quais sua bancada passou a controlar 55% do Parlamento. A primeira-ministra Liz Truss, que o substituiu em 6 de setembro, não durou nem dois meses no cargo, ficou no poder há menos tempo desde a criação do Reino Unido, há 315 anos. Sanak não terá mandato popular e nem das bases do partido. Se Boris tivesse participado das internas, poderia muito bem têlas vencido, mas percebeu que era difícil conseguir 100 parlamentares para apoiar sua candidatura e que, se vencesse, teria um partido muito dividido.
Por isso, optou pela mesma tática que usou em 2016 logo após vencer o referendo do Brexit: desistir de se candidatar, esperando que o novo primeiroministro se desgaste e que a bancada conservadora e a militância exijam que ele volte como se fosse o único capaz de derrotar o Trabalhismo. Johnson, inteligentemente, simplesmente disse que não é a hora dele.
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Provavelmente estará esperando que o morador do 10 Downing Street se desgaste, que as acusações contra ele desapareçam e que o partido se aproxime dele para saudá-lo como seu novo chefe. Quem chegar ao cargo de primeiro-ministro sem competir com Johnson não terá legitimidade popular porque não foi eleito liderando seu partido nas eleições gerais e porque não derrotou o único conservador que conseguiu isso. Johnson, assim como fez com Theresa May, continuará conspirando contra quem vencer, procurando o melhor momento para pular como um tigre.
Por: Isaac Biggio