Variantes da Covid-19 são renomeadas para evitar nomenclaturas discriminatórias

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuiu denominações simples, fáceis de dizer e de lembrar para as principais variantes do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, usando letras do alfabeto grego.

O objetivo é evitar nomeações pelo local onde as variantes foram primeiro identificadas, o que é discriminatório.

A variante primeiro identificada no Brasil, por exemplo, passa a chamar-se Gamma. A que foi descoberta no Reino Unido é a Alpha.

Estes rótulos foram escolhidos após uma ampla consulta e uma revisão de muitos sistemas potenciais de nomenclatura. A OMS convocou um grupo de especialistas parceiros de todo o mundo para fazê-lo, incluindo especialistas que fazem parte dos sistemas de nomenclatura e taxonomia de vírus existentes, pesquisadores e autoridades nacionais.

Esses rótulos não substituem os nomes científicos existentes (por exemplo, os designados por GISAID, Nextstrain e Pango), que transmitem informações científicas importantes e continuarão a ser usados em pesquisas.

Embora tenham suas vantagens, estes nomes científicos podem ser difíceis de dizer e de lembrar, e são propensos a declarações errôneas. Como resultado, as pessoas frequentemente recorrem a variantes de chamadas pelos locais onde são detectadas, o que é estigmatizante e discriminatório.

Para evitar isso e para simplificar a comunicação pública, a OMS incentiva as autoridades nacionais, os meios de comunicação e outros a adotarem estes novos rótulos.

Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, mudam com o tempo. A maioria das mudanças tem pouco ou nenhum impacto sobre as propriedades do vírus.

Entretanto, algumas mudanças podem afetar as propriedades do vírus, tais como a facilidade de propagação, a gravidade da doença associada, ou o desempenho de vacinas, medicamentos terapêuticos, ferramentas de diagnóstico, ou outras medidas sociais e de saúde pública.

Como explica em seu website: “A OMS, em colaboração com parceiros, redes de especialistas, autoridades nacionais, instituições e pesquisadores tem monitorado e avaliado a evolução do SARS-CoV-2 desde janeiro de 2020. Durante o final de 2020, o surgimento de variantes que representavam um risco maior para a saúde pública global levou à caracterização de Variantes de Interesse específico (VOIs) e Variantes de Preocupação (VOCs), a fim de priorizar o monitoramento e a pesquisa global e, finalmente, informar a resposta contínua à pandemia da COVID-19.“

A OMS e suas redes internacionais de especialistas estão monitorando mudanças no vírus para que, se forem identificadas mutações significativas, possam informar os países e o público sobre como reagir e evitar sua propagação.

Aprenda as novas denominações do vírus

Alpha (B.1.1.7) – Identificada primeiro no Reino Unido

Beta (B.1.351) – Identificada primeiro na África do Sul

Gamma (P.1) – Identificada primeiro no Brasil

Delta (B.1.617-2) – Identificada primeiro na Índia

Fonte: WHO e ONS

Imagem ilustrativa (dados de outubro/2020): Unsplash

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