Parlamento deve aprovar nesta quarta-feira (04/11) o segundo confinamento
As novas restrições serão debatidas na Câmara dos Comuns em 4 de novembro e, se aprovadas, entrarão em vigor após a meia-noite.
Após a intervenção do primeiro-ministro britânico no passado sábado (31/10), juntamente com a sua equipa composta pelo director médico Professor Chris Wittty e pelo assessor científico chefe Sir Patrick Vallance, o governo apresentou a declaração no Palácio de Westminster para explicar a urgência da implementação de medidas mais grave para conter a segunda onda de coronavírus.
Durante seu discurso no Parlamento, após reconhecer o esforço de milhões que agora estão sujeitos aos mais altos níveis de restrições para baixar o R, ou o nível de contágio que permanece acima de 1 na Inglaterra, Johnson enfatizou que “já há mais pacientes com Covid em alguns hospitais agora do que no auge da primeira onda, 2.000 a mais no domingo do que no domingo anterior. Embora a prevalência do vírus seja pior em partes do norte, o tempo de duplicação no sudeste e em Midlands é agora mais rápido do que no noroeste.”
Com os resultados que são evidentes a nível nacional, Johnson pediu ao Parlamento que aprove a nova lei que regerá as medidas nas próximas 4 semanas. “Se permitirmos que nosso sistema de saúde seja sobrecarregado, exatamente como os dados agora sugerem, isso não seria apenas um desastre para milhares de pacientes com Covid, mas também chegaríamos a um ponto em que o NHS não estaria mais disponível para todos”, e alertou: “Médicos e enfermeiras podem ser forçados a escolher quais pacientes tratar, quem viverá e quem morrerá.”
Refere-se a pacientes com tratamentos de câncer, cirurgia cardíaca e outros procedimentos que, se não aplicados, poriam em risco a vida das pessoas. Ele disse que há equipamentos de PPE, respiradores artificiais, 13 mil enfermeiras além dos números do ano passado, além de ter hospitais disponíveis para tratar casos de Covid-19, mas o vírus está dobrando muito rápido.
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Quais seriam as medidas?
Você só pode sair de casa:
-Para ir a centros educacionais
-Para trabalhar, se você não puder trabalhar em casa;
-Para fazer exercícios e recreação ao ar livre, com membros da sua família ou sozinho, ou com uma pessoa de outra casa ou bolha de apoio;
-Por razões médicas e em momentos de perigo;
-Para comprar alimentos e produtos básicos
-E para cuidar de pessoas vulneráveis, ou como voluntário.
O que abrirá e o que deverá fechar?
As lojas de produtos essenciais permanecerão abertas e os serviços de coleta online continuarão.
As lojas não essenciais, os locais de lazer e entretenimento e o setor de higiene pessoal estarão encerrados durante este período.
A hospitalidade deve ser encerrada, exceto para serviços de entrega de encomendas e take away.
Locais de culto, como igrejas, podem ser abertos para orações individuais, funerais e outras cerimônias, mas nenhuma missa ou serviço pode ser realizado.
Os locais de trabalho devem permanecer abertos caso as pessoas não possam trabalhar em casa, por exemplo, na construção ou na indústria. O esporte de elite também pode continuar.
As famílias de adultos solteiros ainda podem formar bolhas de apoio exclusivo com outra família, e as crianças ainda poderão se mover entre as famílias se seus pais morarem separados.
Os clinicamente vulneráveis e os maiores de 60 anos devem minimizar o contato com outras pessoas.
Pessoas clinicamente extremamente vulneráveis só devem trabalhar em casa.
O governo confia que este segundo confinamento será revisto em 4 semanas e espera poder voltar ao regime de nível e concentrar-se em casos regionais, em vez de uma medida nacional. A expectativa é que o documento seja aprovado nesta quarta-feira, um dia antes de sua entrada em vigor.
O Partido Trabalhista disse que votará a favor da medida.
Fonte: https://www.gov.uk/
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